terça-feira, 21 de abril de 2015

Arroto do Medo Podcast 1 - Sobrenatural




Neste primeiro podcast os integrantes sobrevivem a assaltos a lanhouses, fazem rituais envolvendo ursinhos de pelúcia e contam suas histórias SOBRENATURAIS! Também falam sobre jogos de survival-horror como Resident Evil e Silent Hill.

ZERADO! Resident Evil Revelations e o fetiche por navios


Fazia algum tempo que não sentia tanto prazer jogando um Resident Evil, pelo menos não com a mesma intensidade com a qual embarquei no Queen Zenobia.

Curti cada minuto, fiquei satisfeito com os chefões e mini-chefes (algo que sempre prezo em um bom Resident Evil) até mesmo os inimigos comuns foram divertidos de enfrentar, não são os clássicos zumbis mas foram bons substitutos. E por falar em chefões, o último chefe desse jogo é melhor do que qualquer aberração que RE 6 tentou chamar de chefão.

Não podemos esquecer de que é um port de um jogo originalmente lançado para Nintendo 3DS, e eu achei que fizeram um belo trabalho, a jogabilidade é meio desajeitada as vezes mas gratificante, outro ponto positivo é que as armas são prazerosas de utilizar, o impacto de cada uma e o som que o jogo reproduz quando você acerta o alvo foram bem feitos, afinal, nada pior que um jogo de tiro no qual você não sente diferença nas armas e os inimigos parecem ser feitos de esponja.

Uma novidade é o scanner que você pode usar para explorar ainda mais o cenário procurando itens escondidos e pra analisar os inimigos (o que te recompensa com ervas de cura). Uma adição que eu achei viciante e funcionou muito bem.

Um dos meus inimigos favoritos do game.







 Achei bacana o estilo episódico tal qual um seriado de TV com recapitulação e final com suspense que te deixa curioso para jogar o próximo capítulo.
A história é o típico Resident Evil, é boa o suficiente e carismática o suficiente pra funcionar, ainda mais se você já for fã de longa data e sabe como a franquia costuma se apresentar.

Alguém me explica como que deixaram esse design de personagem passar? Péssimo.

Deixo aqui meus parabéns pela atmosfera e cenários do jogo, fizeram um bom trabalho.

A trilha sonora faz o seu trabalho mas gostaria de especificar uma em particular que eu gostei bastante e é logo no menu do jogo. Com certeza a minha favorita.
Enfim, sempre rola o papo de Resident Evil voltar as origens e devo dizer que com a sub-franquia Revelations eles estão conseguindo resgatar pelo menos um punhado do que fez RE um dos pilares da indústria em primeiro lugar.
Depois de 3 jogos em navios com RE Gaiden, Dead Aim e Revelations (vide o porque do fetiche por navios) devo dizer que eles conseguiram fazer o melhor Resident marítimo até então.
 Então é isso! Joguem Revelaitons! E aguardem um vídeo em breve onde falarei sobre Revelations 2 e o que achei dele. Spoilers: É melhor que Resident Evil 6! Como se fosse difícil...

Um momento para falar... de Bulletstorm!



Infelizmente não basta ser um bom jogo, tem que VENDER BEM também. E infelizmente vender bem foi o que não aconteceu com Bulletstorm, um jogo tão divertido quanto é engraçado e que talvez nunca tenha uma sequência.


Gameplay insano e tudo explodindo a sua volta, cenas assim são frequentes no jogo

Pra quem não sabe Bulletstorm é um FPS onde você controla um cara que sai matando tudo que se move em um planeta turístico cheio de plantas carnívoras, prisioneiros malucos, mutantes/monstros e soldados de elite, e pra combatê-los você faz uso de armas criativas e que te impulsionam a ser criativo no jeito de usá-las para matar os outros, não basta ir somente atrás de headshots ou descer chumbo até o inimigo cair morto, você tem que ter estilo! Além das armas malucas você também usa um chicote que pode puxar inimigos pra perto ou faze-los flutuar, e aí você combina isso com um tiro de explosivo por exemplo e vê o infeliz explodindo no ar, o que te garante pontos extras pra comprar outras armas e habilidades na lojinha do jogo.


Vários jeitos de matar inimigos (até com tiro no c*, sério)

Além da jogabilidade ser agradável, você também tem personagens carismáticos que quando interagem soltam alguns dos diálogos mais sensacionais e engraçados que eu já tive o prazer de escutar, é um nível de ofensas e palavrões com toda maestria possível, o vilão é um caso a parte, ele sozinho rouba a cena toda vez que aparece.


O jogo também tem cenários belíssimos
Divertido e insano tanto em história/diálogos quanto em sua jogabilidade.
Mas como eu disse, não basta ser um jogaço, tem que vender milhões para que os executivos fiquem felizes e só assim eles podem fazer uma sequência, o jogo até que vendeu bem mas não o suficiente.

Os responsáveis pelo jogo até tentaram continuar a história (que termina sem final diga-se de passagem) mas foram trazidos para ajudar no Gears of War Judgment (que acabou sendo mediano/aceitável mas também desnecessário, sem contar que foi o QUARTO jogo da franquia Gears em um curto espaço de tempo, realmente não precisava ter existido)

Acredito que hoje em dia as pessoas que fizeram Bulletstorm a maravilha que foi não estão mais no controle, foram para outras produtoras, então mesmo que a pequena chance de uma sequência existam, talvez não seja tão bom quanto o original. Mas quem sabe, nada é impossível depois que Duke Nukem Forever finalmente foi lançado.

ZERADO! God of War - Chains of Olympus


O começo me agradou, lembrou bastante meu primeiro contato com God of War 1, o combate é o mesmo de sempre (jogou um GoW jogou todos) e até o momento que terminei a primeira missão eu estava gostando mas assim como é costume da franquia a primeira fase acaba sendo também a melhor do jogo, assim que o cenário muda e a história principal é introduzida o jogo perde um pouco de seu brilho, não empolgou, achei o God of War mais cansativo, demora a engrenar, o que não deveria acontecer JAMAIS num jogo conhecido pelas cenas épicas como GoW.

Se tem uma parte que eu me lembro de ter gostado e que ficou na memória foi a cena com a filha do Kratos e a QTE que você tem que fazer, o único momento memorável do que foi uma experiência bem fraca e que mesmo sendo curta (6 horas) podia ter sido mais curta ainda e quem sabe teria sido melhor. 

A verdade é que eu não me empolgo mais com God of War, pelo menos não da mesma forma que me empolgava na infância e adolescência, perdi a conta de quantas vezes joguei God of War 2, aquela foi uma época boa, o final me deixou maluco pra jogar o 3, algo que fiz anos depois e foi aí que percebi que estava perdendo o interesse na franquia, mas mesmo assim guardo com carinho a época do GoW 1 e 2 e com certeza vou ficar de olho no God of War 4, quem sabe ele consiga me trazer pra dentro desse universo novamente.

Um momento para falar... de Aria of Sorrow! O Castlevania que me fez virar fã da franquia


Pois sim, há quem diga até que é o melhor Castelo da Vânia já feito, pra mim foi aquele que não apenas me ensinou pra valer o conceito de 'MetroidVania' como também foi quem me fez entender o que há de tão especial nestes jogos.

Já tinha jogado Castlevania antes, o primeiríssimo inclusive, lembro até de ter comprado o Symphony of The Night de PS1 mas depois de 10 minutos com cara de 'o que estou fazendo?' desliguei o console e voltei na loja no dia seguinte pra trocar o jogo, e qual foi o jogo que eu peguei nessa troca? Strider 2 (O que não me arrependo, Strider é foda).


Mas o primeiro Castlevania que eu realmente terminei oficialmente foi o mais recente chamado Lord of Shadows que apesar de legalzinho não passou disso em minha opnião por vários motivos e a maioria deles relacionadas a frustração, jogabilidade e design de level, mas, se tem uma coisa que eu gostei pra caramba foi a cena pós-créditos, aquilo realmente me surpreendeu e me deixou com vontade de ver o que acontece a seguir (O que futuramente aconteceu com Lords of Shadow 2 mas vamos deixar esse jogo pra lá, a decepção ainda dói).




Mas então voltando ao Aria, um dia fiz a promessa de zerar todos aqueles títulos fodas da era NES/MegaDrive/SNES que nunca fui capaz quando criança, incluindo Castlevania 1 afinal naquela época os jogos não tinham modo easy, era difícil pra construir o caráter da criança indefesa.

Minha primeira tentativa foi falha, morri que nem um condenado, não passei do primeiro chefe, esse foi por algum tempo minha última investida na série.


Algum tempo depois, quando estava começando a pegar o jeito decidi tentar algo mais recente, foi ai que me veio ARIA OF the fucking SORROW! O Castlevania de GameBoy Advanced.


História e diálogos péssimos no bom sentido, com seu charme encantador de não se levar a sério, coisa típica entre animes.

A medida que fui jogando, ganhando as habilidades que melhoram o gameplay, ouvindo aquela trilha sonora lindamente composta e enfrentando chefões o amor começou a crescer.


Cheguei a achar que ficar indo e vindo dentro do castelo seria um saco e repetitivo mas assim como Resident Evil já me ensinou, backtracking pode funcionar, e funcionou! Achei foda poder ir aonde quisesse (Ou até onde meus upgrades permitiam) explorar as salas, etc. Nada é cansativo, você está constantemente enfrentando novos monstros, subindo de nível, achando armas, o jogo nunca ficou repetitivo pra mim.


Depois de aceitar que estava apaixonado pela franquia, decidi criar coragem e enfrentar o até então temido Castlevania 1.
Resumindo a experiência, foi como tomar um milkshake, rápido e prazeroso, a dificuldade que antes era insuportável agora era tranquilamente maleável, se eu morria eu percebia onde errei e fazia melhor, ainda é difícil sim mas com cada tentativa você aprendia algo, basta entender o jogo, seus padrões e chutar ele na bunda um pouco mais forte cada vez.

E o resto é história, joguei a maior parte da franquia e devo dizer que Super Castlevania 4 é meu favorito, de tempos em tempos bate a vontade de jogar ele de novo, inclusive prefiro um Castlevania mais linear, espero que um dia façam outro que seja linear e 2D, assim como espero um novo Contra)

E devo bater palmas específicas quando o assunto é a trilha sonora, em todo jogo acertam nela mesmo que o jogo não tenha acertado no resto.


Então é isso, se você nunca gostou do Castelo da Vânia, porque não fazer mais uma visitinha a ela, afinal, certas vezes a primeira impressão não é a que fica!